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O Grupo Petrópolis, terceiro maior grupo cervejeiro do país, anunciou recentemente o início das vendas de lúpulo brasileiro produzido em uma de suas plantações
O Grupo Petrópolis mais do que dobrou a sua área destinada a plantação de lúpulo de 2020 para 2021 e com o início das vendas de lúpulo peletizado começa a mirar as microcervejarias como um de seus públicos alvo.
Iniciado em 2018 o Programa do Lúpulo do GP, conta atualmente com uma plantação na Fazenda São Francisco, em Teresópolis (RJ), com 21.385 plantas em uma área de 5,27 hectares, na qual 12 mil plantas e 3,03 hectares representam a expansão ocorrida em 2021.
A venda da e sua produção própria de lúpulo no formato peletizado ocorre por meio do seu e-commerce Bom de Beer. A peletização do insumo é feita na própria fazenda, na Serra do Capim, em Teresópolis-RJ, cidade que ganhou recentemente o título de Capital Nacional do Lúpulo. Serão colocados à venda packs embalados em atmosfera modificada (ao abrigo da luz e do oxigênio), das variedades Comet (50g e 500g), Cascade (50g e 500g), Chinook (50g), Triple Pear (50g) e Zeus (50g).
O novo formato de beneficiamento foi obtido por meio de um maquinário especial desenvolvido pelo Grupo em parceria com a empresa Forte Lúpulo. O insumo peletizado é a forma preferida dos home brewers e das microcervejarias.
O lúpulo é colhido, seco em estufa, triturado inteiro para virar pó e depois é prensado por uma máquina que o deixa no formato de pellets. Isto facilita posteriormente a transferência dos compostos do lúpulo para o mosto ou cerveja na preparação da bebida. É o formato mais comum utilizado no mercado e com o melhor custo-benefício para fabricação de cervejas.
Grupo Petrópolis aumenta flexibilidade com lúpulo peletizado
Para os produtores de cervejas artesanais de todo o país, que poderão experimentar agora o lúpulo peletizado produzido na serra fluminense em suas receitas, são várias as vantagens: ele tem maior eficiência na utilização para obtenção de amargor, em torno de 10% a mais de IBUs do que a mesma variedade de lúpulo em flor, a matéria-prima neste formato oxida mais lentamente e pode ser armazenada por mais tempo. E por serem condensados, utiliza-se uma quantidade menor nas receitas em relação ao lúpulo em flor.
Recentemente, a Catalisi publicou um panorama sobre a evolução do investimento do Grupo Petrópolis em lúpulo brasileiro e de como a gestão das incertezas sobre o desenvolvimento do projeto tem sido realizada de maneira interessante com participação de diferentes entidades externas a companhia
“Demos mais um passo importante no aprendizado e ao introduzir com sucesso a peletização em nossa cadeia. A venda do nosso lúpulo nesse modelo é um avanço para indústria cervejeira local, já que estamos incentivando a produção nacional por meio do fácil acesso a um lúpulo de qualidade ‘made in Brazil’ com muito orgulho” comemora Diego Gomes, diretor Industrial do Grupo Petrópolis.
O Grupo Petrópolis começou a comercializar o seu lúpulo em flor em abril de 2021. De lá para cá, foram vendidas, inicialmente, as variedades Cascade, Comet e Triple Pearl em pacote de 100g, com armazenamento em atmosfera modificada para preservar ao máximo os aromas. Este primeiro lote foi integralmente vendido em poucas semanas.
Conteúdo rastreado pelo Radar Bebendo com Amigos. Originalmente postado por /Catalisi