|
Pois é, se você algum dia pensou em comercializar aquela cerveja do estilo belga e usar o nome Trapista, saiba que este nome não pode ser usado comercialmente, exceto por genuínos mosteiros trapistas.
Estas cervejas possuem alta carbonatação provocada por segunda fermentação na garrafa deixando um caráter expressivo e muitas vezes agressivo da levedura.
A Cerveja do Monge
Produzidas para as refeições diárias dos monges, a Trappist Single (26A), possuem baixo teor alcóolico e possuem criação recente. Em 1999 o mosteiro de Westvleteren fabricou para comercialização. Não possui rótulo e não está disponível fora do mosteiro, sendo produzida com pouca frequência.
São cervejas de aparência clara, amarga e bem atenuadas, com boa carbonatação. Apresentam um caráter de levedura trapista frutado e condimentado, puxando para o floral.
Belgian Dubbel (26B)
Cervejas produzidas para festas religiosas que ganharam seu nome em um mosteiro trapista de Westmalle, durante a Idade Média, para diferenciar da tradicional Ale tomada no dia a dia dos monges.
Uma curiosidade: Este estilo retomou nos meados do século XIX, após a era napoleônica.
As Belgian Dubbel são cervejas complexas, maltadas que apresentam um sabor torrado de nozes e chocolate, com pouco lúpulo e quase nenhum amargor.
Geralmente apresentam uma espuma cremosa e persistente, onde sua cor varia do cobre ao marrom.
Aroma: possuem aroma com presença de frutas não cítricas, como a banana.
Embora sejam cervejas bem maltadas, apresentam final seco.
Belgian Tripel (26C)
As Tripel são cervejas mais claras, mais amargas, e embora levemente frutadas e cítricas, nota-se notas de cravo, baunilha, talvez damasco.
Geralmente efervescentes, produzem espuma densa, cremosa e persistente. A adição de açúcar na fermentação e o fato de serem refermentadas na garrafa ajudam a tornar esta bebida mais leve e doce, o que equilibra o álcool com um drinkability surpreendente.
Também desenvolvida pelo mosteiro de Westmalle em 1934, foi desenvolvida a partir de uma receita de Hedrik Verlinden em 1956 e batizada de Tripel.
Mas existe uma teoria sobre o nome de que a origem vem de que na tradição medieval, estas cervejas levavam um X no tanque para cervejas mais fracas, com média intensidade XX, e fortes XXX, o que se tornou Tripel.
Pode lembrar uma Belgian Golden Strong Ale (25C), só que mais escura e encorpada, também apresentando um sabor de malte mais evidente, mas nunca doce.
A maioria das versões Trapistas apresentam pelo menos 30 de IBU.
Belgian Dark Strong Ale (26D)
Apelidadas de Quadrupel, pois são mais escuras, mais maltadas e menos frutadas dos que as cervejas do estilo Belgian Tripel. Com uma cor que pode variar do Âmbar ou cobre marrom-escuro.
Possui uma espuma cremosa e persistente como as da Belgian Golden Strong Ale.
Aroma: complexo, apresentando notas de malte e frutas como uva-passa, ameixa ou figo.
Assim como um aroma complexo, apresenta também complexidade no paladar que é originado pela complexidade de malte, cepa do fermento e do lúpulo, tudo isso em um mix de alto teor de álcool.
“Curiosidade: Geralmente versões Trapistas autênticas tendem a ser mais secas do que as versões de abadia, que podem ser mais doces e encorpadas e tradicionalmente passam por uma segunda fermentação na garrafa.
Algumas pessoas percebem este estilo e descrição de cerveja como Belgian Dubbel (26B) mais escuras, encorpadas e mais alcoólicas.”
Conteúdo rastreado pelo Radar Bebendo com Amigos. Originalmente postado por /Blog Empório do Lúpulo