A Bardobier é mais uma cervejaria da Bahia que aporta no mercado cervejeiro como cigana, nesse movimentado e promissor mês de maio. A previsão é que, na segunda semana do mês, chegue o primeiro lote da Druida, uma American Rye Ale produzida na Cervejaria Uçá, em Aracaju. A breja desembarca em Salvador em barris de chopp de 30 litros e garrafas de 500ml.
Mateus Magalhães, sócio e cervejeiro da Bardobier, ficou muito feliz com o resultado final e aposta numa boa recepção do público. “Ela tem 20% de centeio, o que confere uma sensação de corpo aveludado, macio e certa picância ao paladar. Está bem lupulada, com aromas frutados e cítricos, amargor suave, porém persistente”, descreve. A cerveja tem 5.4% de graduação alcoólica e 40 IBU – índice de amargor, medido até 100.
Estudos
Arquiteto, Mateus foi o idealizador da cervejaria, que surgiu em 2016 de forma ainda caseira. Ele entrou no mundo da produção cervejeira após fazer um curso na Bahia Malte, em 2014. Desde então, vem se aprimorando nos estudos, o que considera essencial para se tornar um bom mestre cervejeiro. “Apesar de existir muita receita pronta, não considero uma ciência exata. É fundamental conhecer todos os processos, insumos e o funcionamento dos equipamentos. Prezo muito pelo conhecimento da biologia de levedura”, explica.
Em março de 2017, durante uma viagem ao Festival Brasileiro de Cerveja, em Blumenau, se juntaram a Mateus os advogados Victor Carvalho – sommelier de cerveja e sócio do Canaã Pub – e Henrique Brito, o administrador Danilo Conceição e o engenheiro Filipe Almeida. Esse é o atual time dos bardos que toca a mais nova empreitada no mercado das cervejas artesanais.
Mercado promissor
A decisão de legalizar a cervejaria e iniciar a produção comercial aconteceu no final do ano passado. “Fomos movidos pelo crescimento do mercado do nordeste e pelo retorno positivo que o pessoal dava sobre as cervejas”, revela Mateus. “O mercado nordestino é muito promissor e ainda pouco explorado, se comparado a outras regiões. As ideias da Bardobier vêm fomentar outras cervejarias a seguirem o mesmo caminho”, completa Henrique Brito.
As pesquisas por uma fábrica para abrigar a produção cigana começaram no final de 2018 e a sergipana Uçá foi a que mais se encaixou nos planos dos baianos. “Conheci a estrutura da fábrica, gostei muito do trato dos profissionais e das cervejas que eles produzem. Enxergamos neles verdadeiros parceiros, pelo zelo com a produção da cerveja, o mesmo que a gente sempre teve produzindo na panela”, justifica Mateus.
Depois que avaliar a recepção do público em relação ao primeiro lote da Druida produzido na Uçá, a Bardobier pretende começar a produzir os demais rótulos já testados desde a época da produção caseira, a exemplo da Like a Virgin (American Wheat), Tamahaac (American IPA), Mefisto (Belgian Golden Strong Ale), Homunculus (NEIPA) e Doktor Jekyll (English Brown Ale).
Conceito Geek
Os nomes das cervejas se baseiam sempre em histórias e no conceito geek, relacionado aos quadrinhos, filmes, à literatura e afins. Por isso, o slogan “cada cerveja é uma história”. A Druida, que estreia a produção cigana da cervejaria, se refere a uma guardiã da natureza. “É uma pessoa que chama para si a responsabilidade de defender a natureza, talvez a própria representação da mãe natureza, e por isso brincamos chamando-a de Mother Nature’s Rye Ale, conta Mateus.
Por ser arquiteto e artista gráfico, ele desenha a arte dos rótulos, que costumam carregar verdadeiros contos explicando o conceito da cerveja e da cervejaria. Os textos são divididos com Victor Carvalho, que também assina as receitas.
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Telefone: 71 98826-2791
E-mail: bardobier@gmail.com
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