A Ambev vai reforçar sua aposta no mercado premium e puro malte. Durante encontro realizado nesta semana entre Bernardo Paiva, presidente da Cervejaria Ambev, e Paulo Guedes, ministro da Economia, a companhia informou que pretende investir mais de R$ 2 bilhões no mercado brasileiro em 2019.
“A Cervejaria Ambev anunciou que seus investimentos no Brasil devem ultrapassar a casa dos R$ 2 bilhões durante o ano de 2019. O investimento será na produção de cervejas premium e puro malte, e em inovações. O anúncio foi feito durante encontro realizado entre Bernardo Paiva, presidente da Cervejaria Ambev, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, para conversar sobre os investimentos que a companhia vem fazendo no país”, informou a cervejaria em comunicado.
O anúncio parece reiterar o recente movimento da Ambev – sobretudo com a Skol e os lançamentos da Hops e da Puro Malte – de buscar a linha de frente do mercado premium. Mas a tentativa de alcançar esse novo segmento, ligado às artesanais e bastante preocupado com a qualidade da cerveja, tem duas percepções distintas.
Se, por um lado, o balanço do primeiro trimestre da Ambev apontou significativo aumento de lucro e de vendas, por outro o mercado financeiro tem olhado com certa desconfiança a essa tentativa de ingressar no segmento premium.
Tanto que, depois de seis anos, desbancada pelo Bradesco, a Skol deixou de ocupar a primeira colocação das marcas mais valiosas do país, segundo a nova edição do ranking BrandZ Brasil, divulgado nesta semana pela WPP, pela Kantar e pela revista Isto É Dinheiro.
Com US$ 7,253 bilhões de valor de marca, a Skol foi ultrapassada também pelo Itaú e caiu para a terceira colocação do ranking. Ainda assim, a Ambev colocou outras duas marcas entre as seis primeiras: Brahma, em quarto com US$ 3,781 bilhões, e Antarctica, em sexto com US$ 2,672 bilhões.
Vale destacar, porém, que enquanto Bradesco e Itaú tiveram variação positiva de 35% no valor de marca, a Skol apresentou queda de 12%, a Brahma de 16% e a Antarctica de 10%.
Entre as demais marcas de cerveja presentes no ranking das 60 melhores, também aparecem a Bohemia em 14º (US$ 1,3 bilhão e queda de 19%) e a Schincariol em 28º (US$ 604 milhões e queda de 3%), única não pertencente à Ambev.
“As marcas que são percebidas como inovadoras crescem sete vezes mais do que as que não são. Nesse caso, o importante não é ter muitos dados, mas saber usar os que já temos para gerar crescimento nas marcas”, avalia Eric Salama, CEO Global da Kantar.
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