Depois de mais e três meses inativa e sob investigação, a Backer voltará a produzir – no entanto, não se trata de cervejas, uísques e gins, seus principais produtos, e sim álcool em gel 70%. Após inspeção a última terça-feira, dia 28, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) retirou os lacres de tanques interditados e permitiu a remoção e descarte de 472 mil litros de cerveja neles acumulados desde o início das investigações dos casos de intoxicação por monoetilenoglicol e dietilenoglicol. A cervejaria continua proibida de produzir até que a investigação seja concluída.
A permissão da retirada do material se deu como resposta a um pedido da própria Backer. Com a parte do material que não apresentou sinais das substâncias tóxicas, a Backer pretende fabricar 28,3 mil litros de álcool em gel, que devem ser doados para ações de combate ao Coronavírus.
No ato da retirada dos lacres, os técnicos do MAPA colheram material para novas análises e realizaram testes nos tanques esvaziados, que apresentaram resultados negativos para as duas substâncias toxicas que afetaram 42 vítimas, sendo nove delas fatais.
Um tanque da cervejaria continua sob investigação, e outros três ainda estão lacrados por terem recebido líquido do tanque investigado. “É preciso cautela, pois o inquérito ainda deve ser concluído, mas é uma sinalização importante de que foi algo pontual, isolado, que não há contaminação na fábrica. Toda a linha de produção passará por testes e certificações do Ministério da Agricultura para que a Backer possa voltar a produzir com segurança e qualidade”, afirma o advogado a empresa, Etevão Nejin, sobre a possibilidade da cervejaria voltar a produzir.
Foco da Polícia Civil está, agora, na avaliação de outras possibilidades, especialmente a de negligência na fabricação. Com bens bloqueados, cervejaria pede “voto de confiança”
Conteúdo rastreado pelo Radar Bebendo com Amigos. Originalmente postado por /Guia da Cerveja